Acidentes com animais peçonhentos deixam cinco mortos e 5,8 mil feridos no Tocantins em um ano, diz secretaria de saúde
11/03/2025
(Foto: Reprodução) Dados foram registrados em 2024 e maioria dos casos aconteceu na zona urbana das cidades. SES alerta para a necessidade da vítima receber atendimento médico o mais rápido possível. Calor e tempo seco favorecem a presença de escorpiões em casa
Raiza Milhomem/Prefeitura de Palmas
Um boletim que mostra a quantidade de ocorrências de picadas de animais peçonhentos foi divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta segunda-feira (10). Conforme o levantamento, houve 5.814 casos de acidentes notificados e cinco mortes registradas ao longo de 2024.
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O documento foi elaborado pela Área Técnica Zoonoses e Peçonhentos da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS/SES-TO), com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Com relação às mortes, as vítimas foram picadas em cinco cidades e pelo seguintes animais peçonhentos:
Marimbondo - 1 vítima em Goiatins
Abelha - 1 vítima em Sítio Novo
Cobra jararaca - 2 vítimas em Centenário e Dianópolis
Cobra cascavel - 1 vítima em Monte do Carmo
Nas notificações, segundo o boletim, a maioria está relacionada ao acidente com escorpiões, totalizando 1.911 casos notificados, o que representa 33% dos acidentes. Em seguida parecem as picadas de abelha, que fizeram 872 vítimas, e de serpentes, com 720 casos.
Também foram registrados 569 casos de picadas de aranha, 135 de lagartas e o restante de outros tipos de animais com peçonha.
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Mais dados
O boletim também mostra que 59% do total de pessoas picadas por animais são homens (3.438). Os outros 41% são mulheres que sofreram acidentes similares (2.376). Isso se deve, segundo à SES, à possibilidade de haver mais homens atuando em atividades como a agricultura, construção civil e trabalhos ao ar livre.
Durante os meses do ano, os ataques variaram entre 415 e 579 casos. O mês com mais registros foi janeiro e o com menos, agosto de 2024.
A faixa etária das vítimas também foi levantada pela SES, sendo identificado que houve mais casos entre pessoas de de 20 a 29 anos. Confira:
Até 9 anos - 786 (14%)
10 a 19 anos - 828 (14%)
20 a 29 anos - 981 (17%)
30 a 39 anos - 916 (16%)
40 a 49 anos - 891 (15%)
50 a 59 anos - 667 (12%)
60 A 69 ANOS - 479 (8%)
70 a 79 anos - 196 (3%)
80 ou mais - 60 (1%)
Do total de acidentes, 4.073 (70%) aconteceram nas zonas urbanas e 1.620 (28%) na zona rural das cidades.
As partes do corpo mais atingidas pelos animais foram pés e pernas, em 32% dos casos. O dado é seguido por picadas nas mão e dedos, em 25% dos casos. Já a cabeça apareceu em 13% dos acidentes. Nesse último caso, as vítimas podem ter sido picadas por abelhas, marimbondos, ou outros insetos que voam.
Orientações
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Em casos de acidentes com animais peçonhentos, a SES orienta que a vítima receba imediatamente atendimento médico em um período inferior a uma hora. Isso evitará que o veneno se espalhe pelo corpo e a pessoa receba soro antiveneno caso seja necessário.
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